A tarde de ontem, 01, foi de grande entusiasmo para cerca de 25 pessoas assistidas pelo Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS AD Estadual). Isso porque uma parceria entre o Senac e as Secretarias Estaduais de Segurança Pública e Saúde possibilitou o início das aulas em cursos de Programas Socioprofissionais da Instituição e do Programa de Inclusão Social – Senac Faz Sua Parte. As aulas foram iniciadas com o curso de Preparo de Pães e Pizzas, que possui carga horária de 20h e está acontecendo na Unidade de Acolhimento Transitório, na Cohab.

Há 20 dias acolhido pelo CAPS AD, o jovem de 27 anos, Rafael Ferreira Castro, não conhecia o trabalho desenvolvido pelo Senac e buscou o curso com a expectativa de ter seu próprio negócio. “Depois que entrei aqui, me tornei outra pessoa, pois aqui esqueço as coisas ruins da rua e ainda posso ocupar meu tempo com atividades como esta, de qualificação”, destacou.

A aula inaugural contou com a presença do Diretor Regional do Senac no Maranhão, Ahirton Lopes, do delegado do 1º Distrito Policial da Capital, Joviano Furtado, e do diretor do Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS AD Estadual), Marcelo Costa. “Espero que tenhamos muito sucesso nessas primeiras atividades para que possamos selar essa parceria por muito tempo”, desejou o Diretor Regional, Ahirton Lopes, aos alunos presentes.

Ainda este mês, as pessoas que já compõem o grupo em tratamento no CAPS poderão participar também do curso de Técnicas de Limpeza e Conservação de Ambientes, também oferecido pelo Senac, com carga horária de 80h.

Dados – No ano de 2015, o CAPS AD acolheu 6.015 usuários de drogas, sendo que a maioria dos dependentes encontram-se nos bairros do João Paulo, Coroadinho, Barreto, Liberdade, Cidade Operária e Centro. Até abril deste ano, foram realizados 620 atendimentos a pessoas com problemas decorrentes do uso de drogas, 85% usuários de crack, 10% usuários de álcool e 5% usuários de outras drogas, como cocaína e maconha. Durante o tratamento no CAPS, o dependente químico participa de oficinas terapêuticas como artesanato, música, educação física, pintura, atividades religiosas, além de fazer uso de medicações com o intuito de reduzir sintomas da abstinência.