sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Morreu, na madrugada desta sexta-feira (14), Orival Pessini, criador do Fofão, Patropi e Sócrates. O ator e humorista de 72 anos lutava contra um câncer no baço e estava internado havia duas semanas no Hospital São Luiz, em São Paulo. Ele também teve um câncer na garganta, do qual já estava recuperado. A notícia foi confirmada ao UOL pelo empresário de Orival e sócio da marca Fofão.

O velório está previsto para ocorrer entre 16h e 18h desta sexta no Cemitério do Morumbi, em São Paulo.

Orival Pessini iniciou sua carreira no teatro. Sua estreia na televisão aconteceu no programa infantil "Quem Conta Um Conto", na TV Tupi, em 1963. Na década de 70 interpretou os macacos Sócrates e Charles, do Planeta dos Homens (Globo). Estreou, em 1988, no humorístico "Praça Brasil", da Band, com o personagem Patropi - que levaria mais tarde para os programas "Escolinha do Professor Raimundo (Globo), "A Praça é Nossa" (SBT) e "Escolinha do Barulho (Record)".

Orival criou o Fofão no programa Balão Mágico (Globo). O boneco fez tanto sucesso que, com o fim do programa, ganhou seu próprio programa: TV Fofão (Bandeirantes), no qual apresentava quadros humorísticos e desenhos animados.

Inspiração em E.T.

O personagem Fofão, um dos mais marcantes da carreira do humorista Orival Pessini, teve inspiração no E.T. do filme de Steven Spielberg dos anos 80. 

"O Fofão não é bonito. Ele é uma mistura de cachorro, urso, porco e palhaço. Não é à toa que me baseei no E.T do Spielberg. Quando assisti ao filme na época fiquei com lágrimas nos olhos. Eu não pensei em fazer uma coisa bonita, mas sim uma coisa simpática, que demonstrasse 'calor humano', 'sentimento'", afirmou Pessini em maio deste ano no programa "The Noite". 

Ele não se incomodava com as imitações de Fofão. Parte da infância de uma geração, o boneco foi alvo de uma polêmica neste ano - quando a Carreta Furacão decidiu ir a uma manifestação em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mas o criador proibiu o Fofão genérico de participar do protesto.

"Eu não autorizo, é um direito meu. Eu faço questão de proteger meus personagens. O Fofão, por exemplo, gera empregos. As crianças conhecem pela internet e gostam. Os adultos se emocionam quando o encontram. Quero preservar essa imagem", explicou.

Fonte: UOL

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