sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
O Governo do Maranhão já capacitou mais de 10 mil agricultores durante as oito edições da Feira de Agricultura Familiar e Agrotecnologia do Maranhão (Agritec), realizadas em 2015 e 2016. No total, mais de 75 mil pessoas já participaram do evento que leva conhecimento, qualificação, tecnologia e métodos mais eficazes. Já foram disponibilizados mais de R$11 milhões em créditos bancários por meio da parceria fechada entre as instituições financeiras e o Governo do Estado. 

A atual gestão tem honrado seu compromisso e desenvolvido a agricultura familiar a partir de três pilares: a regularização de terras, a assistência técnica e o fomento à produção. Até o momento as Agritecs já foram realizadas na cidade de São Bento, Açailândia, Caxias, Bacabal, Codó, Grajaú, Zé Doca, Viana e nesta quinta-feira (1) em Chapadinha. A tendência é que mais cidades nas regiões Tocantina, dos Cocais, da Baixada e Vale do Mearim, além das cidades do Plano de Ação ‘Mais IDH’, recebam esses espaços para a troca de experiências e a ampliação de conhecimentos tecnológicos no âmbito da agricultura familiar para benefício do produtor maranhense.

Os eventos da Agritecs são direcionados aos pequenos e médios agricultores no intuito de proporcionar acesso aos mais diversos conhecimentos relacionados à produção agrícola. Os espaços dispõem de áreas tecnológicas com demonstração de pequenas alternativas de cultivo viáveis para o produtor, oficinas, palestras, cursos, comercialização de produtos cultivados por agricultores dos municípios da região, dentre outros atrativos.

A exemplo do que aconteceu na última edição da feira, em Viana, a 200 quilômetros de São Luís, onde uma oficina de beneficiamento de pescado promovido pela Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp), levou a ideia da transformação da pele de peixe em artesanato, gerando mais oportunidade de renda para aquela comunidade. Os 1.900 agricultores capacitados tiveram a oportunidade de aprender o passo a passo das técnicas de filetagem da pele de peixe, curtição, e, ainda, o tingimento para aplicação em diferentes tipos de objetos, como por exemplo, carteira, chinelos, brincos, cordões, com o aproveitamento dos resíduos dos pescados.

Se estendendo de Viana até Penalva, o projeto contribuiu com dona Marly dos Santos Oliveira, agricultora de 52 anos, moradora do Povoado de Goiabal, que foi contemplada com o título de terra coletivo para a produção agrícola. “Fico muito feliz e saber que conseguimos realizar os nossos sonhos. Nunca tivemos alguém que olhassem por nós, como o governador está olhando. Essa nossa luta por um espaço para cultivarmos já rende mais de 20 anos e agora se concretiza. A associação já estava ficando sem terra para trabalhar. São mais de 50 e poucas famílias que dependem e agora terão oportunidades, graças a essa política de governo”, disse a agricultora.

Na região dos Cocais, especificamente em Codó, o marco durante a Agritec foi quando a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) e a Aged lançaram o “Manual de orientação para o registro da agroindústria familiar, pequeno porte e artesanal”, criado para facilitar o entendimento das legislações e informar, de forma simplificada, o que é necessário para a obtenção de registro do Serviço de Inspeção Municipal, Estadual ou Federal.

O secretário de Estado de Agricultura Familiar, Adelmo Soares, conta que os espaços vêm se tornando uma vitrine tecnológica que visa e prioriza a capacitação dos agricultores em vários níveis, através das transferências de tecnologias da Embrapa, das experiências exitosas dos movimentos sociais que têm uma participação efetiva na troca dessas experiências. “O Maranhão é um estado extremamente rural e é a partir do campo que temos trabalhado para desenvolvermos o nosso estado. As feiras geram oportunidade para o agricultor familiar conhecer e ter acesso às tecnologias simples que impulsionarão o desenvolvimento de sua produção e da agricultura local”, comentou.

Na cidade de Caxias a novidade ficou por conta do projeto Sisteminha, uma espécie de tecnologia simples, desenvolvida pela Embrapa. A experiência que deu certa no estado vizinho, no Piauí, foi trazida e aprovada no Maranhão pelo governador Flávio Dino. Com isso foi determinada a implantação no Maranhão, no Plano de Ações ‘Mais IDH’. De imediato atendeu às necessidades de alimentação dos agricultores.

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