segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Música, alegria e emoção se misturam no hospital onde os médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e pacientes, juntos, formam um bloco terapêutico a fim de melhorar o dia a dia de cada um. É essa a proposta que o projeto de extensão do curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) “Caminhada Musical” leva aos pacientes nos hospitais de São Luís.

A atividade já foi realizada no Hospital Universitário Presidente Dutra, Materno Infantil, Hospital do Câncer e ocorre pelo menos uma vez por semana. Na última quinta, 9, a visita foi ao Hospital Carlos Macieira. Alunos do curso de Música, com seus instrumentos de corda, sopro e percussão, interagiram com os internos e profissionais de saúde nas enfermarias, nos corredores e até na UTI, estimulando a participação dos pacientes, ao som de marchinhas e músicas carnavalescas.

O Projeto “Caminhada Musical” é coordenado pela musicoterapeuta, Brasilena Gottschall, professora de Educação Especial Musical. A iniciativa estimula a participação dos pacientes, que cantam e tocam instrumentos musicais variados, como chocalhos produzidos pelos alunos.

Segundo a coordenadora, a atividade traz resultados positivos tanto para os pacientes como para os alunos. “Além de levar alegria e emoção aos pacientes, o projeto amplia o conhecimento dos alunos sobre as questões da música no contexto hospitalar, expande sua visão acerca da educação musical, explicou”.

Para Gottschall, musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), em um processo destinado a facilitar e promover comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas, mentais e sociais.

De acordo com a psicóloga do Carlos Macieira, Diana Bastos, o projeto ajuda na recuperação dos enfermos. “É prazeroso trazer algo que motive os pacientes. A integração e a socialização aumentam a autoestima deles e traz resultados positivos para seus quadros clínicos”, avaliou.

A terapeuta ocupacional do Hospital, Hiselda Andrade, chama atenção para a importância da música na recuperação de doentes. “Levar a música ao hospital é uma ação que aumenta a motivação, autoestima e tira o desfoco patológico dos pacientes quando eles são envolvidos pela ação”.

O eletricista de automóvel Paulo Santos da Silva, 48, em recuperação na UDI Cárdio, diz que se sente feliz com todo aquele movimento. “É uma ação muito agradável para nós, que estamos aqui. Ficamos emocionados com eles fazendo esse trabalho lindo. Dá até vontade de chorar."

Outro paciente visivelmente alegre, Alberto Viegas, 64, que está em tratamento de hemodiálise, apelou para a continuação do projeto e disse que a música faz ativar várias memórias boas do passado. “É muito bom e gratificante, porque nós, pacientes, também precisamos de alegria. Essas músicas levantam o nosso astral e nos faz lembrar muita coisa”, destacou.

Para a aluna do curso de Música, Isabele Pereira da Silva, é prazeroso participar de uma ação como essa, porque, além de ajudar a aliviar a dor do próximo, também leva muito conhecimento sobre a formação. “É incrível participar desse projeto. A gente aprende muito sobre a vida ao ajudar o outro”, ensinou.

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